segunda-feira, 22 de junho de 2009

Junho: pipoca, quentão e sarau?

O mês de junho é tradicionalmente conhecido pela proximidade do inverno e das tradicionais festas juninas, mas nas escolas a quadrilha, o casamento caipira, a fogueira e as canções juninas marcam o final do primeiro semestre e as férias tão esperadas. Porém, o espocar dos fogos anunciam que as escolas são grandiosas, apresentam festas suntuosas e enchem os olhos dos pais orgulhosos que disputam o melhor ângulo para fotografar seus filhos pintados com rolha quente ou guaches, envolvidos em roupas remendadas e chapéus de palha, mas onde está o pedagógico?
Pensando no aspecto pesquisa, desenvolvimento e construção do conhecimento, parâmetros que conduzem a educação sócio-construtivista, o Colégio Empyrius sai na frente quanto ao glamour das festas e o que realmente importa: o aprendizado. Neste mês, para encerramento do semestre os alunos do colégio desenvolveram, desde abril, uma pesquisa sobre metodologia científica, em que puderam conhecer os princípios da pesquisa em “Discurso do método” de Descartes, assistindo ao filme “O nome da Rosa” baseado do livro de Umberto Eco de mesmo título, pois ao assistir ao longa-metragem, os alunos estudaram as etapas da investigação dedutiva e os professores orientaram quanto ao processo que se desenvolve na pesquisa, isto é, “o caminho para se chegar ao fim”.
No segundo ano de sua existência e na terceira grande festa – uma no final do primeiro semestre de 2008 com pesquisa sobre o surgimento das festas juninas e a origem do caipira, suas tradições e culturas; e, no segundo semestre do mesmo ano, com uma feira que culminou no encerramento do ano letivo, a pesquisa e a mostra apresentaram uma importante evolução do carro que puxava na mostra, o avanço da tecnologia e o que a degradação do meio obrigou o homem a fazer: construir com o lixo, isto é, reciclar para sobreviver –, o colégio inova mais uma vez, pois apresentará no dia 20 um sarau que terá por objetivo demonstrar o quanto a música de raiz é ligada ao ideal de vida do caipira e do homem urbano que deve estar cada vez mais sintonizado com a preservação do meio ambiente.
No sarau, os alunos do infantil e primeiro ano, irão confeccionar um livreto xilogravado que será exposto em varais (homenagem à literatura de Cordel), e apresentarão a consagrada quadrilha.
Já os alunos do fundamental I reforçarão o cordel, pontuando a popularidade do nordeste e aguçando o interesse pela valorização da nossa cultura, apresentando os cordéis produzidos por eles durante as aulas. Também enfatizará a figura do caipira, apresentando a peça “O causo das Abóboras” (Adaptação de Robson A. Santos).
Os alunos do fundamental II e Médio focarão a música de raiz que será tocada e cantada por eles e, a dramatização de poesias de autores consagrados e de algumas produzidas por eles mesmos, mas com foco no que é novo, teatral e numa linguagem contemporânea, valorizando a cultura do jovem que hoje se vê conflitado pela internet, tecnologia, mas precisa indiscutivelmente do conhecimento do popular, da literatura e do que é raiz para construir o seu aprendizado.
Esses são os objetivos fundamentais do processo de formação do educando, enquanto muito se fala de como conduzir a educação; o que pode ser feito para melhorar; como solucionar os problemas de indisciplina e tantas outras questões envolvendo a educação, o colégio Empyrius faz, produz e permiti ao educando construir o seu imaginário praticando a pesquisa, envolvendo o raciocínio ao que sustenta o intelecto de cada um.

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